Lembro-me como se fosse hoje do presépio vivo da minha terra.

Com o principal objetivo de centrar o natal na figura do menino de Belém, um menino renovado na esperança, na fé e na harmonia dos participantes, e assistência. 

O presépio da minha terra, dava a oportunidade de se fazer uma viagem no tempo, o tempo de Jesus, um tempo com voz, música, cânticos, e luz, pois os seus participantes davam vida a uma história antiga, mas sempre atual, os cenários da aldeia de natal, o estábulo, tudo girava à volta da renovação da esperança, da fé, e das pessoas que se deslocavam propositadamente à vila onde ouviam a missa do final de tarde, e depois assistiam à representação.

Tudo começava quatro semanas antes da época natalícia, para se organizar e ensaiar na preparação, os cenários que na sua maioria passavam de um ano para o outro, assim como o guarda-roupa, tudo se desenrolava no salão da igreja da vila.

Eram escolhidos os meninos que frequentavam a catequese da referida vila, os mais altos, mais magros ficavam na lista para a figura de São José, as meninas mais bonitas mais altas para a figura de Maria, mas todos faziam parte do grupo, depois era um desfilar de intérpretes, pastores, reis magos faziam com que o presépio se desenrolasse, falasse, e mexesse tudo na pessoa dos meninos que componham na altura o grupo da catequese da referida vila, hoje cidade.    

A minha homenagem aos que organizaram, interpretarem e executaram os trabalhos diversos, votos de um Santo Natal, para eles e as suas famílias, assim como os meus amigos e familiares também.  

Autor: Amsm

22/12/2020